Escritora, ativista e pedagoga portuguesa.
1872-1935
Ana de Castro Osório, nascida em Mangualde a 18 de junho de 1872, foi uma figura singular na história portuguesa, destacando-se como escritora, ativista e pedagoga portuguesa, autora daquele que é considerado o primeiro manifesto feminista português, “Às mulheres portuguesas”, de 1905.
Casada com um membro do Partido Republicano, Paulino de Oliveira, juntou-se ao partido, tornando-se militante ativa, acompanhada do marido, na luta pela implementação da República em Portugal.
Como voz do feminismo, escreveu o manifesto feminista no qual defende que homens e mulheres devem ser aliados, ter igual acesso à educação e trabalho, ter os mesmos salários, além do direito ao voto. Defendeu que saber ler e escrever eram a principal arma para a mudança, levando-a, assim, a criar manuais escolares e livros para crianças. Ana de Castro Osório pretendia trazer livros a um país dominado pelo analfabetismo, tornando-se na fundadora da literatura infantil portuguesa.
Ao longo da vida foi uma das responsáveis pela fundação de diversas organizações e fundações como o “Grupo Português de Estudos Feministas”, 1907; a “Liga Portuguesa Feminista”, em 1912; a “Associação da Propaganda Feminista”, em 1911; e, por fim, a “Comissão Feminista Pela Pátria”, em 1916, a partir da qual, por iniciativa de Elzira Dantas Machado, se formou a “Cruzada das Mulheres Portuguesas”, um movimento de beneficência feminino. Através destas, Ana Osório promoveu a consciencialização da importância da participação das mulheres na sociedade.
Fundou em 1902 a revista feminina intitulada de “A sociedade Futura” motivada pela vontade de divulgar as suas ideias e ideais, colaborando em muitas outras revistas. Mais tarde, em 1911, escreveu a famosa obra “A mulher no casamento e no divórcio”, no seguimento da qual colaborou com Afonso Costa na elaboração da “Lei do divórcio”.
Ana de Castro Osório reconhecia o papel crucial da educação, defendia que saber ler e escrever eram a principal arma para a mudança. Desta forma dedicou-se, à criação de manuais escolares e livros infantis, procurando trazer livros a um país dominado pelo analfabetismo, tornando-se na fundadora da literatura infantil portuguesa.
Deixando um enorme legado, a autora veio a falecer no dia 23 de março de 1935, em Lisboa. A sua vida e obras marcaram a sociedade portuguesa, abrindo caminho para a conquista de direitos e a valorização da mulher. É, juntamente com diversas personalidades marcantes da história feminista portuguesa, lembrada como uma mulher corajosa que se tornou feminista num tempo em que as mulheres não tinham direitos.
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